Comunicação Verbal e Não-verbal


Comunicação Verbal e Não-verbal


COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO-VERBAL

1. INTRODUÇÃO
O homem não seria o que é hoje sem que pudesse trocar informações. Com isso, faz-se necessário um estudo mais aprofundado dessa ciência social que é a comunicação. Seja ela verbal ou não-verbal, ela tem sua importância por ser essencial na vida de qualquer ser humano.

2. PALAVRAS-CHAVE

Informação; Linguagem; Gesto; Significado; Interação
3. COMUNICAÇÃO
3.1. Definição de comunicação
A palavra comunicação, nos dicionários, pode ter muitos significados, no entanto, apenas um interessa a proposta da Comunicação Social: “Troca de informação entre indivíduos, que constitui um dos processos fundamentais da experiência humana e da globalização social.”
3.2. Elementos da comunicação
Todas as formas de comunicação envolvem os seguintes elementos: Emissor – quem inicia o processo; Código – sinais para se construir uma mensagem; Mensagem – aquilo que se quer comunicar; Canal – o veículo que leva a mensagem; Receptor – quem recebe, decodifica e interpreta o significado.
Sabe-se que existe hoje um sistema de comunicação complexo, com transmissões de mensagens através de códigos variados, canais e veículos cada vez mais rápidos e eficientes.
3.3. Comunicação humana
Na comunicação humana, o código é a linguagem, que na conversação é complementada por elementos da comunicação não-verbal (gestos, expressões faciais, movimentos dos olhos e do corpo, etc) e o canal utilizado é o ar que respiramos. No processo de conversação, existe o feedback, representado pela resposta do receptor no momento em que responde, o receptor inverte o processo e passa a ser o emissor, e aquele que antes emitia passa a ser o receptor, que irá decodificar e interpretar a nova mensagem. É esta inversão do processo que permite a uma pessoa saber se a outra entendeu a sua mensagem.
3.4. Linguagem
A linguagem é, ao mesmo tempo, uma função e um aprendizado: uma função no sentido de que todo ser humano normal fala e a linguagem constitui um instrumento necessário para ele; um aprendizado, pois o sistema simbólico lingüístico, que a criança deve assimilar, é adquirido progressivamente pelo contato com o meio. Essa aquisição ocorre durante toda a infância, no que o aprendizado da linguagem difere, fundamentalmente, do aprendizado da marcha ou da preensão, que constituem a seqüência necessária do desenvolvimento biológico; A linguagem é um aprendizado cultural e está ligada ao meio da criança.

4. COMUNICAÇÃO VERBAL
Existem inúmeras formas de se trocar informações, ou seja, de se comunicar. Uma das mais eficazes para o ser humano é a comunicação verbal, que ocorre quando um grupo de indivíduos com interesses comuns ou correlatos se reúne.
4.1. A comunicação oral
Em reuniões sociais, sejam elas formais ou informais, as informações são trocadas através da comunicação oral, a mais importante para a transmissão das idéias. Existe a oportunidade de aprofundar os detalhes de maior interesse relacionados à informação oferecida, bem como a possibilidade de se obter a repetição ou o detalhamento de uma informação não completamente entendida. Podem também ser apresentadas observações ou pontos de vista capazes de enriquecer a informação inicial, tornado-a mais clara, concisa e completa.
O desembaraço na conversa informal do dia a dia, pouco tem a ver com o desempenho na comunicação verbal, como forma de intercambiar informações. É difícil para a maioria dos profissionais de qualquer área, utilizar adequadamente essa potente modalidade de comunicação. Isto é conseqüência do simples fato de que a formação e o treinamento das pessoas são incompletos. Nós não somos ensinados a organizar e registrar o nosso trabalho diário, analisá-lo criticamente, tirar conclusões e discuti-las de forma ordenada.
De um modo geral, as pessoas evitam falar em público, por uma série de razões, como vergonha, medo de enfrentar a audiência, medo de não saber responder a alguma pergunta, receio de parecer ridículo ou de dizer besteiras, etc. Essas razões, contudo, não tem o menor fundamento; elas apenas servem para esconder a única e real razão: a falta de treino ou de familiaridade com a comunicação verbal. É perfeitamente normal que algumas pessoas pareçam mais naturais ou à vontade do que outras, ao falar em grupo. A diferença, contudo, reside apenas no quanto uns conseguem desligar dos falsos e infundados receios e concentrar-se na comunicação.
4.2. A comunicação escrita
A leitura, por mais atenta que possa ser, não tem o poder de transmissão da informação que a comunicação verbal tem. Na leitura, o autor é desconhecido ou distante; a sua idéia nem sempre é claramente entendida e, mais importante, não existe a possibilidade do diálogo. A transmissão da informação é passiva. A comunicação verbal, ao contrário é mais poderosa e versátil.

5. COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL
A comunicação verbal serve para transmitir informações entre indivíduos, tendo estas informações um caráter informativo. Já a comunicação não-verbal é caracterizada pelo uso de gestos, da mímica, do olhar, da voz e dos sinais paralingüísticos, da organização espacial e da localização. Estes, que são determinantes de uma relação interpessoal dos indivíduos.
5.1. Organização espacial
É a distância que separa o emissor do receptor e se acha determinada por um conjunto de regras que refletem a mensagem e as interações dos interlocutores. O espaço é convencionado por todo um sistema de sinais que varia conforme os grupos sociais e culturais.
A distância é um grau regulador de intimidade na relação dos interlocutores, ela exerce influência na transmissão da informação pela utilização de diversos canais.
5.2. Localização
A localização é um indicador do tipo de relação que a pessoa deseja ter com seu interlocutor, ela também modula a mensagem transmitida e indica status privilegiado. Indica também que estas pessoas gostariam ou detém um certo prazer no grupo.
5.3. Os gestos
Os gestos precedem ou acompanham o comportamento verbal. São controlados pelas normas sociais e estão ligados aos modos. Cada emoção exprime-se num modelo postural que reflete essa tensão ou esse relaxamento. Por exemplo, pessoas em uma determinada postura que costumam freqüentemente mexer um ou os dois pés, é um dos indicativos de ansiedade. Assim como a postura dos braços cruzados é um indicativo de fechamento racional.
5.4. A mímica
As mímicas são os “gestos do rosto”. Um observador pode ver no rosto informações sobre a personalidade e a história de seu interlocutor, mas isso gera também muitos erros.
As mímicas são específicas do meio social, da região em que a pessoa foi educada.
Por exemplo, é comum o japonês sorrir quando está embaraçado, enquanto no brasileiro o sorrir é uma manifestação comum de alegria.
5.5. O olhar
A expressão do olhar é tão variada e difícil de controlar que é também difícil dominar as intenções mais ocultas.
O olhar parece ter dupla função: Indica a quem se dirige a comunicação; Constitui um indício da atenção dada.
Não existe interação na comunicação sem troca de olhar, o contato com os olhos marca a interação intensa.
Um exemplo de interação feito com o do olhar é o do vendedor frente a seus clientes. Ele fixa o olhar no seu cliente submetendo a este uma condição de submissão na comunicação.
5.6. A voz e os sinais paralingüísticos
A voz transmite aspectos da personalidade assim como estado de espírito da pessoa que se fala. Um indivíduo traz no seu registro e voz a marca quase irreversível de seu grupo social e cultural.
O timbre de voz, o ritmo, a fluência, a intensidade dependem do controle emotivo.

6. CONCORDÂNCIA E DISCORDÂNCIA ENTRE A COMUNICAÇÃO VERBAL E A COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL
O código verbal possui o objetivo de transmitir um conteúdo de valor informativo. Já o código não verbal é quase sempre utilizado para manter a relação interpessoal.
Se houver concordância entre elas, o impacto da mensagem é mais forte e a recepção é melhor.
Se houver discordância entre elas, ocorre uma desorientação do receptor, o sentido da mensagem é alterado e o conteúdo se torna preponderante.
Exemplo: uma pessoa ao dar um abraço numa criança demonstrando afeto por ela ao mesmo tempo que chama esta de querida e meiga, fortalece a mensagem. O mesmo não ocorre se, ao dar o abraço, a pessoa chama a criança de chata. Para a criança, o abraço será mais significativo e ela fará uma distorção da palavra chata.

7. CONCLUSÃO
Analisando todo o conteúdo estudado e desenvolvido, foi possível aprender conceitos de comunicação, comunicação verbal e não-verbal, linguagem, bem como entender as etapas da comunicação não-verbal e os tipos de comunicação verbal (oral e escrita).
Além disso, percebeu-se a importância e necessidade de fundir a comunicação verbal e a comunicação não-verbal, pois uma ficaria incompleta sem a outra. Ou seja, a informação é mais enxuta quando é feita com as palavras e com os sinais não verbais.

8. BIBLIOGRAFIA
- AXTELL, ROGER E. – Gestos: um manual de sobrevivência gestual divertido e informativo, para encarar essa tal “globalização” – Editora Campus, 1994.
- DAVIS, FLORA – Comunicação não-verbal – Editora Summus, 1979.
- GIOVANNINI, GIOVANI – Evolução na Comunicação – Do Sílex ao Silício – Editora Nova Fronteira, 1987.
- MELO, JOSÉ MARQUES DE – Teoria da Comunicação: paradigmas latino-americanos – Editora Vozes, 1998.
- MIRANDA, SÉRGIO – A Eficácia da Comunicação – Editora Qualitymark, 1999.
- REYZÁBAL, MARIA VICTÓRIA - A Comunicação Oral e sua Didática – Editora Edusc, 1999.

  • Instituição: UNISUL
  • Autor: Unijr

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Raquel Pereira dos Santos. Tecnologia do Blogger.